Ceilândia bate o Capital nos pênaltis e fatura o tricampeonato do Candangão

 
Qual é a sensação de poder soltar um grito entalado há tempo na garganta? Para o Ceilândia, a de ser tricampeão do Campeonato Candango com um desfecho memorável no principal palco do esporte da capital federal. Vice-campeão local em 2005, 2016, 2017, 2021 e 2022, o Gato Preto, na tarde deste sábado (6/4), sob os olhares de 15.737 mil torcedores no ‘cinquentão’ Mané Garrincha, voltou a faturar o título do Campeonato Candango com vitória dramática.  Nos pênaltis, pelo placar de 4 x 3 após o empate sem gols no tempo regulamentar, diante do Capital, repetiu os feitos de 2010 e 2012.

Em 2016, bateu na trave contra o Luziânia e diante do Brasiliense no ano seguinte. Os retornos ao vestiário com a medalha de prata no peito viraram reincidentes. A história, com a decisão de 2024, no entanto, mudou. Liderados pelo artilheiro do campeonato, Romarinho, autor de nove gols em 13 partidas, a equipe da região mais populosa do Distrito Federal protagonizou uma decisão de altos e baixos em campo. Desde o início do embate, tricolores e alvinegros tiveram dificuldade em assumir o controle das ações da partida. Eram poucos os destaques nas quatro linhas. 

Os goleiros foram os responsáveis pelo show em uma série de penalidades que custou a terminar. Os dois lados estiveram a um chute de garantir o título. A dupla de goleiros Luan, do Capital, e Thiago Santos, do Ceilândia, defenderam, no total, quatro e três bolas, respectivamente. O alvinegro, porém, levou a melhor.

A decisão por pênaltis foi a quarta em finais no futebol de Brasília. As decisões de 2018 (Sobradinho campeão), 2020 (Gama campeão) e 2023 (Real Brasília campeão), foram, todas, sacramentadas na marca da cal.

O Capital, presente na decisão do torneio local pela primeira vez nos 19 anos de história do clube, viveu, mesmo com o vice, a melhor campanha na disputa de ponta do DF. O segundo lugar no pódio supera a trajetória semifinalista de 2023, quando foi despachado pelo Brasiliense.

Nas arquibancadas, a festa no Mané ficou na história das decisões locais. O número de 15.737 espectadores bateu o recorde registrado da edição de 2019 como o segundo maior público registrado em jogos derradeiros no torneio. Na final daquele ano, Brasiliense e Gama levaram 14.736 ao principal estádio do DF. O número só é superado pela decisão entre o Jacaré e o Brasília, em 2013. A primeira final no novo Mané registrou 22 mil pessoas.

Além disso, a tarde de futebol teve fogos de artifício, balões, faixas e bandeirões nas mãos dos representantes das respectivas torcidas. Antes do apito inicial, até canhões de fumaça foram acionados, com as cores do tricolor, o mandante da partida. 

Classificadas para Série D do Brasileirão, Copa do Brasil e Copa Verde e m 2025, Ceilândia e Capital equipes terão a sequência do ano para focar no planejamento. Do lado do tricolor, será a primeira participação nas competições nacionais. Por outro lado, os alvinegros voltarão aos holofotes nacionais após duas temporadas. 

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