Na terça-feira (16), o Tribunal Trabalhista de Paris determinou que o PSG efetue o pagamento de € 60 milhões (R$ 389 milhões, na cotação atual) a Kylian Mbappé, valor referente a salários e bônus que não teriam sido quitados. A decisão trata de pendências contratuais entre as partes e encerra parcialmente o processo movido pelo jogador contra o clube francês.
O julgamento ocorre após longa tramitação judicial, iniciada quando o atacante do Real Madrid acionou o Paris alegando retenção de valores relativos aos meses de abril, maio e junho de 2024. O período corresponde às semanas finais de seu vínculo com o clube, encerrado pouco antes de sua transferência sem custos para o Real Madrid.
“Estamos satisfeitos com a decisão. Isso é o que se pode esperar quando os salários não foram pagos”, declarou o advogado de Mbappé, Frederique Cassereau.
Apesar da decisão favorável, o jogador não receberá o montante inicialmente pleiteado no processo: uma indenização de € 263 milhões. A argumentação da defesa incluía alegações de demissão injusta, assédio psicológico e descumprimento contratual, além da cobrança de € 55 milhões referentes a salários e bônus que não teriam sido pagos.
Em resposta, o PSG apresentou um pedido de indenização no valor de € 440 milhões. A agremiação alegou danos à sua imagem, má-fé na execução de um acordo firmado em agosto de 2023, ocultação desse documento e perdas financeiras ligadas a oportunidades de transferência
Essa solicitação, no entanto, foi rejeitada. Em nota oficial, o clube parisiense declarou que deseja ao atleta “tudo de bom para o resto da sua carreira”.
Na análise do caso, o tribunal entendeu que o Paris deixou de pagar três meses de salário previstos em contrato, além de um bônus de ética e um bônus de assinatura acordados entre as partes. Esses compromissos financeiros constavam no contrato de trabalho do atacante e não foram quitados dentro do prazo estabelecido.
Os valores já haviam sido reconhecidos como devidos em duas decisões anteriores da Liga Francesa de Futebol Profissional, emitidas em setembro e outubro de 2024. Segundo os juízes, o clube não apresentou nenhum documento formal que comprovasse a existência de um acordo no qual Mbappé tivesse aberto mão desses direitos, o que reforçou o entendimento favorável ao jogador.




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